Vou entrando floresta dentro,
Na esperança de encontrar algo que ainda não conheça.
Vejo toda aquela já minha conhecida vastidão,
E sinto-a,
Como se fosse a minha vida.
Por entre folhas e ramos,
Atravessam pequenos feixes brancos.
Nada alteram,
O branco como branco que é,
Em nada altera o que vejo.
Não vale a pena procurar nada,
Tudo o que aqui existe, eu vejo.
A natureza nada me esconde,
É só preciso eu querer ver o que ela mostra.
E é o que ela mostra
Que me faz não pensar.
Apesar de nada de novo eu sentir,
Sinto o que já outrora senti,
E nunca me arrependerei de sentir.
O que aqui encontro
Noutro local posso encontrar.
Sem razão para nada existir,
Aqui eu sinto algo diferente.
E sinto-o,
Porque estou aqui.
A natureza é a natureza,
Não passa disso.
Eu sou eu,
Nada mais sou.
Eu observo-a,
E ela deixa-se observar.
Sem comentários:
Enviar um comentário